domingo, 20 de abril de 2014

MEU FILHO TEM DIABETES... E AGORA???!!!


A notícia de que meu filho tinha desenvolvido diabetes tipo 1 foi um choque para toda a família. Para mim, em especial, foi algo difícil de acreditar e duro de aceitar. Porém, como sou otimista por natureza, não fiquei me lamentando. Me conformei e me conscientizei que precisaria entender bastante sobre a doença para ir à luta pelo meu filhão.

No início, a única coisa que nós sabíamos (eu e a mãe dele) é que não podia comer açucar e tinha que tomar insulina. Ao sair do hospital, saímos com recomendações do  nutricionista sobre a alimentação e da endocrinologista sobre como tomar insulina.

Como meu filho estava com organismo todo desregulado por conta do quadro de cetoacidose que o levou a ficar internado por cinco dias, tivemos que fazer dieta também para baixar colesterol e triglicerídes que estavam altíssimos. Em resumo, nada de gordura, nada de massa ou arroz sem ser integral e nada que contivesse açucar.

Nesse primeiro momento o sacrifício não foi feito somente por meu filho, mas por nós (os pais) também. Aderimos a manteiga Becel, o queijo branco, o arroz, o macarrão, pão e biscoitos integrais, adoçante, etc. Por sorte, nosso filho é muito maduro e responsável para uma criança de 12 anos (na época) e colaborou bastante.

A orientação da primeira endocrinologista dele era para ser feito um tratamento da maneira tradicional, como sempre a diabetes foi tratada (desde 1922, quando foi descoberta a insulina), com doses definidas de insulina para correção das taxas de glicemia acima de 180 e uma quantidade máxima de carboidratos a ser consumida em cada refeição.

(Somente um bom tempo depois é que conhecemos a INSULINOTERAPIA INTENSIVA, que deu muito mais liberdade à alimentação de nosso filho. Em outro post comento sobre isso)

Não foi fácil criar a rotina de furar o dedo várias vezes ao dia e ter que ficar aplicando insulina na barriga, na perna, no braço... foi algo doloroso fisicamente para meu filho e psicologicamente para eu e minha esposa. Isso sem falar nas altas despesas com as tiras de medir glicemia e os dois tipos de insulina (somente depois conseguimos ganhar esses insumos do governo).

E o medo da hipoglicemia? A médica não nos alertou direito sobre o perigo que ela representa. Fui saber melhor ao ler um texto do "Blog Minha Filha Diabética", onde uma mãe descreve em detalhes uma crise severa sofrida pela filha. Como não poderia deixar de ser, fiquei assustado e percebi que ainda precisava conhecer muita coisa sobre a doença de meu filho.

Em resumo, o começo é muito mais difícil, principalmente pela falta de conhecimento. Se você também é pai ou mãe de uma criança diabética e estiver passando por isso agora, estude e pesquise muito sobre a diabetes e tenha paciência que vai se acostumar. Dá trabalho, mas nada que pais que amam seu filho não consigam suportar.


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